A arte greco-romana e seu contexto geográfico
Chama-se de “arte clássica” o conjunto de manifestações artísticas desenvolvido na Grécia antiga, entre os séculos VI e II a.C., mais tarde apropriado, interpretado e transmitido ao Ocidente pelo Império Romano até o século V d.C.
Depois da arte pré – histórica chega-se a arte grega. Enquanto a arte egípcia é ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram Deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem estar do povo.
A arte grega tem como um ponto chave a representação do ser humano, sua aparência e interioridade, associando ao corpo humano uma medida, ordem e proporção baseadas em um modelo caracterizado pela racionalidade. Caracterizamos, portanto, tal arte pelo:
-Racionalismo,
-amor pela beleza,
-interesse pelo homem,
-democracia.
As duas civilizações tiveram importância artística pela grande projeção obtida no Mediterrâneo, quer pela expansão grega por meio de colônias, quer pela expansão do império romano onde ainda é possível encontrar obras em todos os países que o integraram, da Romênia à Espanha, passando pela Grécia, Turquia, Croácia, Itália, Tunísia, Síria, entre outros.
Grécia
Arquitetura
Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos, dentre os quais podemos citar: Zeus (o deus dos céus), Afrodite (a deusa do amor), Posseidon ( o deus das águas) e Apolo (deus das artes e da beleza).
As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
O templo Grego é a casa de um Deus, em que o culto foi concebido para ser visto desde o lado de fora, daí a importância que adquirem os volumes externos e os detalhes construtivos decorativos.
A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos: O estilo ou a ordem é um conjunto de normas sobre a forma, proporção e decoração do edifício, é o que configura seu aspecto.As ordens gregas são: Ordem Dórica – simples e maciça. O fuste da coluna é monolítico e grosso. O capitel é uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência.
Ordem Jônica – representa a graça e o feminino. A coluna apresenta fuste mais delgado e não se firma diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel é formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.
Ordem Coríntia – o capitel é formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
Exemplos de construções da Grécia Antiga:
Podemos destacar as seguintes construções que bem representam a arquitetura da Grécia antiga:
- Estátua de Zeus em Olímpia
- Partenon de Atenas
- Colosso de Rodes
- Tempo de Ártemis em Éfeso
- Farol de Alexandria
- Partenon de Atenas
- Colosso de Rodes
- Tempo de Ártemis em Éfeso
- Farol de Alexandria
FAROL DE ALEXANDRIA
O farol de Alexandria é considerado uma das sete maravilhas da antiguidade.
Inaugurado em 280 a.C., essa construção servia como referencial para os perigos das proximidades e indicava o caminho para o porto da Ilha de Pharos.
Construído pelo arquiteto grego Sostratus de Cnidus, o farol emitia uma enorme chama de fogo que poderia ser avistada a mais de cinquenta quilômetros de distância.
O projeto do farol foi concebido através da formulação de um prédio único com quatro formatos diferentes. A base da construção tinha forma de quadrado, seguida por uma parte retangular. A torre intermediária foi construída com um desenho octogonal e a parte mais elevada com formato cilíndrico. Nessa última instalação era onde ficava a enorme tocha..
Tendo grande funcionalidade para os navegadores, o farol foi construído com pedra de granito clara, e revestido com mármore e calcário. Os blocos de pedra eram unidos com uma liga que levava chumbo derretido e uma espécie de cimento feito a partir da mistura de resina com calcário. Além do prédio, o farol contava com abrigos que alojavam os guardas, trabalhadores e animais que garantiam o funcionamento da instalação.
No século XIV, em 1375, um terrível terremoto foi responsável pela destruição do Farol de Alexandria, que possuía entre 120 e 140 metros de comprimento e levava em seu topo uma estátua de Poseidon, divindade da mitologia grega que controlava os mares.
Tendo grande funcionalidade para os navegadores, o farol foi construído com pedra de granito clara, e revestido com mármore e calcário. Os blocos de pedra eram unidos com uma liga que levava chumbo derretido e uma espécie de cimento feito a partir da mistura de resina com calcário. Além do prédio, o farol contava com abrigos que alojavam os guardas, trabalhadores e animais que garantiam o funcionamento da instalação.
No século XIV, em 1375, um terrível terremoto foi responsável pela destruição do Farol de Alexandria, que possuía entre 120 e 140 metros de comprimento e levava em seu topo uma estátua de Poseidon, divindade da mitologia grega que controlava os mares.
Por volta de 1480, as pedras da construção original foram reaproveitadas para a construção de um forte. Ainda hoje, esse último edifício ocupa o lugar dessa maravilha do Mundo Antigo.
Roma
Arquitetura Romana
Quando dominaram a Grécia, os romanos ficaram tão admirados com a arte grega que buscaram "imitar" o estilo artístico grego. Basta observarmos os detalhes das esculturas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as semelhanças.
Toda a arte romana, em especial a arquitetura, foi muito influenciada pela arte etrusca, que se destacou pela incorporação de elementos da arte grega e do estilo toscano. Ambos são incorporados e utilizados pela arquitetura romana, tendo como principal exemplo o embasamento que eleva a altura dos templos.
A partir do século II a.C., os arquitetos da antiga Roma dispunham de dois novos materiais de construção. Um deles, o opus cementicium - uma espécie de concreto armado -, era material praticamente indestrutível. Do outro lado estava o opus latericium, o ladrilho, que permitia uma grande versatilidade. Combinado com o primeiro material, ele oferecia a possibilidade de se construírem abóbadas de enormes dimensões e, apesar disso, muito leves.
Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto.
A arquitetura é a manifestação artística mais importante dos romanos. È uma arte urbana que reflete os interesses políticos dos governantes estatais, em oposição ao caráter religioso de outros edifícios das civilizações da antiguidade.
São características da arquitetura romana: o sentido utilitário e a sensação de grandeza, manifestados em uma grande variedade de edifícios e soluções arquitetônicas, dentre os quais temos: os templos, edifícios para diversão (como o Coliseu), obras públicas e comemorativas (como o Pont Du Gard junto a cidade francesa de Nimes), grandes espaços abobadados (como termas e basílicas) e os palácios e residências privadas.
Dentre as construções da arquitetura romana podemos destacar:
- Arco do Triunfo – Orange, França
- Arcadas do peristilo do palácio de Diocleciano Split – Iugoslávia
- Aqueduto Pont Du Gard – França
- Coliseu – Roma
- Panteão de Agripa – Roma
O Coliseu é um dos mais importantes monumentos da cidade de Roma, mostra a grandeza que o império romano atingiu.
No entanto, apenas dois terços da estrutura original conseguiram resistir ao tempo, terremotos, vândalos e aos construtores medievais que o utilizaram como uma pedreira de onde obtinham materiais para suas construções.
Construído por ordens do imperador Vespasiano, suas fundações possuem mais de 12 metros de profundidade, e seus 187,5 metros de comprimento por 155,5 metros de largura formam um perímetro de mais de 540 metros. É assim, uma das maiores construções de todo o império romano, e podia acomodar entre 45.000 e 55.000 espectadores.
O Coliseu foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros).A fachada se compõe de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e coríntias, de acordo com o pavimento. Os assentos são de mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici ou pórticos, para a plebe e as mulheres.
A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Na parte subterrânea ficavam as jaulas dos animais.
Sua construção demorou entre 8 a 10 anos e era utilizado para corridas de bigas , combates entre gladiadores e feras e apresentações de músicos.
A arena possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates.
FONTES:
Enciclopédia do estudante, v.:19-história da arte, Ed.Moderna, 2008.
www.imc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/coliseu.htm
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